Talvez tenha aprendido a dançar antes de aprender a falar!
Diz a minha mãe que dançava até ao som da publicidade. Que ficava encantada e completamente absorvida a ver um qualquer bailado na televisão...
Acreditava que poderia passar um elefante na minha frente porque, provavelmente nem iria reparar nele, tal era a minha concentração no que estava a ver.
A minha série favorita era o Fame, claro!
E imaginava que, quando fosse mais crescida, seria assim: até na escola iria dançar!
Vi o Dirty Dancing vezes sem conta e julgo saber, até hoje, quase todas as canções decor.
Aos 12 anos fui dançar "a sério", com a minha querida Gusta.
E dancei!
Dancei muito, muito... com todo o amor (sangue, suor e lágrimas!) que só quem dança sente.
Gente crescida quer-se doutor ou engenheiro... no meu caso, queria-se economista!
Mas eu só queria dançar e, numa realidade ainda muito longe da dos dias de hoje, o desgosto mergulhou e ficou-me marcado na pele.
Quis o destino que, aos 39 anos, tivesse ao meu lado o melhor companheiro, e pai, do mundo que me tornou possível voltar a sonhar.
20 anos depois voltei a dançar!
20 anos depois, danço na mesma escola que a Maria, e reencontrei a minha querida Gusta. Agora dançamos juntas: eu e a Maria... eu e a Gusta!
É muito bom!
Dizem que a vida começa aos 40 (eh eh... muito conveniente!) e eu tenho tudo para acreditar nisso.
Faço aulas de dança, ateliers, workshops... conheci gente incrível e que me fez voltar a acreditar: a Isabel e o Pedro.
E a dança é, sem espaço para dúvidas, uma das minha melhores companhias.
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